sábado, 30 de outubro de 2010

Deixando a Cinderela de lado.


Abandonado estava, eu sei. Mas sem tempo e pouca paciência para posts elaborados, preferi deixar como estava. Mas hoje voltei pra falar do assunto, eu diria, mais importante das nossas vidas: a felicidade. Assistindo ao filme de Arnaldo Jabor, A suprema felicidade, confesso que saí zonza de tantos pensamentos que me rodeavam. De cara, posso dizer com a maior certeza: vejam. Quem não refletir é porque não entendeu a complexidade da mente perturbadora de Jabor.

Não existe felicidade, no máximo momentos alegres. É aí que eu parei e pensei: Qual foi a última vez que me vi totalmente tomada por um sentimento imenso de felicidade? Será que eu já senti isso se quer uma unica vez? Eu acredito que sim, a mais pura e verdadeira felicidade se manifestou algumas vezes, mesmo que seja por miseráveis 10 minutos de sorrisos, eu digo sorrisos mesmo. Acho que se fôssemos 24 hrs. por dia felizes, não saberíamos distinguir os sentimentos, não é mesmo?! O mais legal da mente humana é a procura maníaca por problemas, parece que na falta destes tudo se torna tão sem graça, e o sem graça não faz muito sentido para mentes tão efervescentes como as nossas. O bom também é ruim e vice-versa, nem tudo que é bom, é bom 100% e nunca será. Imagina só a perfeição batendo a sua porta todos os dias? Entediante. Quanto melhor é, maior será o principal defeito.
E nessas idas e vindas, o que mais me toca nessa história toda é a forma como encaramos tudo isso: há aquelas que fogem, há os que ficam imersos e há os que encaram a vida e aprendem com ela. Sinceramente, prefiro a última opção, porque se pararmos pra pensar alguns segundos: a fuga uma hora cansa, na imensidão nós nascemos, o que resta então é a encarar e aprender e assim talvez sentir, mesmo que por alguns minutos, o sentimento de recompensa de tudo aquilo.

Recompensa não, afinal, não precisamos de recompensa para algo que nós construímos para nós mesmos. Simplesmente, poder erguer a cabeça, olhar pra trás e dizer que valeu a pena. Não sendo romântica, ou sendo, mas o "valer a pena", nos conforta e nos faz saber exatamente até onde podemos ir por algo ou alguém.

É, os contos de fada ficaram pelo meio do caminho. Mas uma pitada deles eu ainda levo comigo.

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